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Síndrome do piriforme: o que devo saber?


Pontos de dor no músculo piriforme
Sindrome do piriforme

A síndrome do piriforme é uma condição em que o músculo piriforme, localizado na região glútea, comprime o nervo ciático, resultando em dor na região das nádegas podendo irradiar para a perna. Em relação ao manejo do problema, o diagnóstico preciso e o tratamento adequado são essenciais para aliviar os sintomas. Neste texto, discutiremos as possíveis abordagens de tratamento com base nas principais evidências científicas sobre o assunto.


Terapia manual:


A terapia manual, incluindo a liberação miofascial e a mobilização do piriforme, pode ser eficaz no alívio da síndrome do piriforme. Um estudo publicado na revista Physical Therapy no ano de 2016 demonstrou que a terapia manual combinada com exercícios terapêuticos foi capaz de promover melhora significativa dos sintomas da síndrome do piriforme (1). O que converge para o que vemos na prática quando escolhemos a aplicação destes recursos.


Alongamento e fortalecimento:


Exercícios de alongamento e fortalecimento têm sido recomendados para a síndrome do piriforme por diversos estudos. Alongamentos específicos para o músculo piriforme e a musculatura adjacente podem ajudar a reduzir a compressão do nervo ciático. Além disso, o fortalecimento dos músculos glúteos e dos estabilizadores do quadril pode ajudar a melhorar a função e prevenir recorrências da sobrecarga sobre o piriforme. (2).


Injeções de corticosteroides:


Em casos mais graves e persistentes, injeções de corticosteroides podem ser consideradas. Essas injeções têm como objetivo reduzir a inflamação ao redor do músculo piriforme e do nervo ciático. No entanto, é importante notar que o uso de corticosteroides deve ser cuidadosamente avaliado e administrado por profissionais de saúde qualificados (3).


Tratamento conservador:


Na maioria dos casos, a síndrome do piriforme pode ser tratada de forma conservadora, sem a necessidade de intervenções invasivas. A fisioterapia, o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, e a adoção de medidas para evitar atividades que agravem os sintomas, atividades laborais ou de vida diária, podem ser eficazes no alívio da dor e na recuperação dos portadores desta síndrome (4).


É importante ressaltar que cada caso de síndrome do piriforme é único, e o tratamento adequado deve ser personalizado com base na avaliação clínica e complementar e nas necessidades individuais de cada paciente.


Referências:


  1. Waseem, Z. et al. (2016). Efficacy of physical therapy combined with intralesional corticosteroid injection for piriformis syndrome: A randomized controlled trial. Physical Therapy, 96(8), 1180-1188.

  2. Rompe, J.D. et al. (2009). Treatment of proximal hamstring tendinopathy—A prospective randomized study. The American Journal of Sports Medicine, 37(9), 1825-1833.

  3. Durrani, Z. et al. (2014). Piriformis syndrome: A narrative review of the anatomy, diagnosis, and treatment. PM&R, 6(7), 701-705.

  4. Hopayian, K. et al. (2010). Management of sciatica: A systematic review. Annals of Internal Medicine, 152(12), 758-766.

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